quarta-feira, 29 de junho de 2011

Batemos o carro...

Não foi nada bom. Não gostei nadinha do que aconteceu.
Foi horrível e eu não paro de pensar nas coisas que poderiam ter acontecido.

Quinta-feira, 16 de junho, saímos de casa como em qualquer outro dia. Meu tio Tita e minha tia Lidiane pegaram carona com a gente porque estavam sem carro. O Lê nos deixaria na loja e depois iria trabalhar, como ele sempre faz comigo. Só tivemos um problema: não chegamos. No caminho para o trabalho um carro não respeitou a nossa preferencial e entrou na nossa rua. Batemos de frente com o carro dele. Foi uma pancada muito forte, mas apesar da força e do jeito que o carro bateu, estamos todos bem, graças a Deus.

Ficamos parados esperando a ambulância durante um tempo, parecia uma eternidade. Enquanto esperávamos o pessoal que nos ajudaria, muita gente passou por lá. O pessoal da padaria que fica bem ali onde aconteceu o acidente nos ajudou muito. Ficaram preocupados, ofereceram água e até café pra gente, mas não estávamos em condições de aceitar. Eu estava muito nervosa, chorava e parava o tempo todo até entrar na ambulância, não estava conseguindo mexer meu braço esquerdo e nem dobrar minhas pernas. Eu quebrei o porta luvas do carro com o meu joelho. Não sabia que eu era tão forte... Eu estava de cinto e mesmo assim consegui chegar com as pernas lá na frente. A batia foi muito forte mesmo. A sensação era horrível. O Lê estava com a respiração toda errada. Ele respirava forte, depois fraquinho, forte... e ouvir a respiração dele me deixava com medo de que alguma coisa estivesse acontecendo com ele. Ele bateu o tórax muito forte no volante, apesar de estar usando o cinto. Ele respirava e pedia pra que eu ficasse calma que alguém já ia chegar pra nos ajudar. Meu tio saiu do carro assim que paramos e entrava no carro às vezes pra ver como estávamos. Ele ficou ligando para as pessoas pra alguém conhecido ir nos ajudar. Ele aparentemente não estava machucado, estava se fazendo de forte, mas com o tempo começou a mancar e sentir dor na mão. Minha tia Lidiane foi quem mais se machucou. Ela estava sem cinto no banco traseiro e estava olhando pra trás conversando com o Zig, calopsita dela, quando o tio Tita falou: "Vai bater". Ela virou pra frente, mas foi tudo tão rápido que não deu tempo de se segurar. Ela bateu o corpo com muita força no banco do motorista. A batida do corpo dela no banco foi tão forte que o banco saiu do lugar. Na hora ela perdeu a visão, sentiu que a pressão tinha baixado, mas o tio Tita começou a conversar com ela e ela foi voltando. Fomos levadas pra mesma ambulância. Ela estava bem branquinha, com muita dor no corpo. Fomos pro hospital e lá ficamos para sermos atendidas. Logo depois chegou a segunda ambulância com o tio Tita e o Lê. Eu e a tia fomos direto pro soro. Depois deram uma injeção super dolorida em mim, no Lê e no tio Tita. Fomos pra fila do Raio X todos juntos. Nós estávamos mal, mas não parávamos de falar. O moço da enfermagem até perguntou se a gente tinha mesmo sofrido m acidente. Acho que com o nervoso, estávamos falando demais. Fizemos raio x, o tio e o Lê foram liberados. Eu ainda fiquei em observação até umas 15h e a tia Lidi só saiu do hospital sábado de manhã. Foram 2 dias complicados. A vó estava tão nervosa com a tia no hospital. O vô estava se fazendo de forte, mas estava super branco. As crianças ficaram na casa da vó e pra eles foi só diversão! Ficamos muito preocupados com a tia Lidi. Todo mundo estava bem, menos ela. Mas ela foi melhorando, chegaram os resultados dos exames e ela foi liberada. Recebeu alta do hospital sábado de manhã e foi pra casa.

Ainda sentimos dores, ainda mais em dias de chuva e frio, mas estamos todos muito melhores.
A tia Lidi ainda sente mais dor que todos nós, ma está fazendo mais exames pra entender o que está acontecendo.

beijos

terça-feira, 14 de junho de 2011

Duas manhãs seguidas..

Esses dias  estão sendo de pura preguiça. Levantar da cama é a pior parte do dia. O frio que está na casa é terrível se comparado com o quentinho dos cobertores. Minha cama é uma delícia, graças a Deus, a tia Vera e ao Gui (que nos deram a cama de presente de casamento).

Estamos acordando na hora de sair praticamente, então a parte do dia entre levantar e sair de casa é a mais apressada possível. Aí, esses dias saímos de casa, fomos pro carro e... nada. O carro não estava pegando. Estamos usando álcool, porque o preço da gasolina está "fora do controle" e nós não tínhamos colocado gasolina naquele recipiente lá na frente do carro. Ou seja, o carro não estava dando partida. Ficamos um tempão tentando. Como na frente de casa tem uma rampa o Lê posicionou o carro de frente pra rampa e disse que ia descer pra tentar fazer o carro pegar. Eu já sofri um acidente de carro naquela descida então me recusei a ficar dentro do carro. Sai do carro no frio e esperei ele descer. Não deu certo, o carro não funcionava de jeito nenhum. O Lê continuou descendo com o carro, mas nada dele pegar. Fui andando atrás do carro até a esquina e quando chegamos lá eu perguntei pro Lê se ele queria que eu fosse pedir ajuda pro meu avô. O Lê disse que sim e eu fui andando pra casa. Quando cheguei na metade do caminho olhei pra trás e o carro estava funcionando. Voltei pro carro e fomos pro trabalho. Chegamos super atrasados nessa história do carro não pegar.

Foi a primeira história fora do normal da semana.

Abastecemos o recipiente e voltamos pra casa. Na hora de subir a rampa o carro bateu a parte de baixo da frente. Eu falei pro Lê: "amanhã vamos tentar descer por outro lado" e ele concordou.

No dia seguinte acordamos em cima da hora de novo, corremos com as coisas em casa e fomos pro carro. Tudo certo, o carro pegou. Descemos a rampa e o Lê lembrou que era pra irmos pelo outro lado pra não bater a frente do carro outra vez, então fomos. Adivinhem: o carro ficou preso num buraco. Não conseguíamos sair de lá. O carro não ia nem pra frente nem pra trás. Desci do carro pra ver como estavam as coisas e realmente estávamos presos. Comecei e rir e subi a rampa pra pedir ajuda pro meu avô. Entrei na casa deles, pedi ajuda, mas meu avô estava trocando e roupa e já desceria, então eu fui voltando pro carro pra ver o que eu poderia fazer. O Lê fez tanta força com o pneu do carro, tentando ir pra frente ou pra trás que  conseguiu sair. Fui na casa da vó e disse que não precisávamos mais de ajuda, que tudo já tinha dado certo. Foi engraçado se não fosse ruim. Chegamos atrasados no trabalho outra vez. Contei a história da manhã longa achando que não iam acreditar em tanta história maluca antes das 8h30 da manhã, mas acreditaram e riram muito da gente. É cada uma que acontece que Meu Jesus Amado...

Aprendemos com tantas risadas que não podemos deixar o recipiente do carro sem gasolina e que aquela parte da rampa não é um bom caminho. Foram dois dias de manhãs muito engraçadas e que não vão acontecer outra vez, espero!

 Minha vida de casada está sendo cada dia mais engraçada! Estou adorando!!!

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Frase

O amor não prende, não sufoca, não aperta, porque quando vira nó, já deixou de ser laço.


Uma tia postou essa frase no facebook, gostei!

Dia do pastor...

Uma semana sem escrever!
Tá tão frio aqui que não dá nem vontade de colocar a mão pra fora do bolso.

Ontem foi um dia muito especial. Além de ser nosso segundo dia dos namorados e nosso primeiro casados, também foi a homenagem da igreja ao dia do pastor. A igreja preparou uma surpresa para os dois pastores. Eles nem desconfiavam. Eu cantei, ensaiei perto do Lê, mas ele não prestou atenção na letra, então nem se ligou na música especial. Ensaiei as crianças para a música especial deles, o Lê ouviu a música, mas nem falou nada.

Ele me perguntou uma noite durante essa semana se a igreja teria alguma homenagem, eu disse que não sabia de nada, só sabia que algumas pessoas iriam cantar. Ele perguntou se teria surpresa e eu disse que achava que não, que o culto seria um culto normal. Eu não sabia de toda a surpresa, mas já tinha até visto o presente!

Domingo de manhã foi bem normal. A única coisa diferente foi que teve uma reunião da diretoria e o almoço, mas isso todo mundo já sabia, foi marcado pelo pastor. Depois do almoço fomos pra casa, como se ninguém soubesse de nada. O pastor estava certo de que não teria nada e que ele levaria a palavra à igreja, até pediu um hino. Voltamos pra igreja no fim da tarde para os ensaios. Enquanto o pessoal ensaiava eu empacotei 7 caixas de presentes, mas não eram os presentes de verdade, eram presentes simbólicos, as caixas estavam vazias, tinham apenas palavras na parte de fora. Essas palavras seriam explicadas na mensagem.  O culto começou normalmente, púlpito lá na frente, louvor normal... na hora da mensagem a ministra de música pediu para que tirassem o púlpito e que colocassem os instrumentos no canto. Colocou duas cadeiras lá na frente e aí começaram as homenagens. Os pastores foram sentar lá na frente e automaticamente o pastor Alino, meu avô, já estava chorando. As homenagens nem tinham começado e ele já estava chorando de emoção.  Durante todo o culto ficaram passando imagens dos dois pastores no telão, fotos de pregações, fotos da formatura, muitas fotos. As crianças cantaram uma música pra eles. Eu expliquei de manhã para elas como era importante fazer essa homenagem. As crianças não sabiam que o pastor estudava na faculdade pra ser pastor. Elas achavam que eles simplesmente eram pastores. Uma das crianças até disse que o pai dela também era pastor, porque ele “falava lá na frente”.  Depois da explicação sobre essa profissão de muito amor e dedicação, parece que o ensaio foi muito melhor. Depois das crianças foi a vez da família Valério, Céfora, Eliúde e Rozane. Eles cantaram muito bem e fizeram os pastores se emocionarem mais ainda. Depois dessa música a Juliana, ministra de música, falou sobre os pastores e fez a explicação dos presentes. Cada caixa de presente foi entregue por uma pessoa da igreja, das crianças aos adultos, e além de entregar as caixas ele falavam um motivo de estar na igreja ou algo que eles querem fazer parar ajudar na igreja. Foi muito legal. Depois da mensagem nós, eu e a Adri, cantamos. Pra mim também foi uma emoção cantar. Era a primeira vez que o Lê recebia uma homenagem como pastor e eu estava fazendo parte da homenagem. Cantei sem olhar pra ele. Fiquei com medo de chorar, desafinar, errar, sei lá. Só depois que eu fui sentar é que olhei pra ele.  Depois a igreja orou pelos pastores, o coro cantou, as esposas foram chamadas lá na frente e oramos outra vez, agora pelas esposas e pelas famílias dos pastores. Oraram pelos nossos filhos, mas nós ainda nem temos. Foi muito legal. Depois da oração a igreja fez uma fila para nos abraçar... Na hora que começaram os abraços, trouxeram um bolo enorme e cantaram parabéns.  Os pastores ficaram realmente emocionados e amaram os presentes e as pessoas que estavam presentes. Foi muito bom poder participar dessa homenagem.

Depois do culto ainda ficamos bastante tempo na igreja conversando com as famílias e vendo as fotos do culto. Voltamos pra casa, jantamos na casa da vó e fomos pra nossa casa. Foi um dia longo e muito bom. O Lê amou, ficou muito feliz de verdade.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Viagem pós lua de mel

Chegamos em Porto Alegre perto da hora do almoço e fomos andar pela cidade. Não é uma cidade muito bonita, tem muito cinza, nem parece que é tão perto de Nova Petrópolis, Gramado, Canela, cidades tão lindas e tão cheias de cor!


Andamos pelo centro pra conhecer e pra procurar um lugar pra almoçar. Andamos por vários lugares, achamos um subway, o Lê ama, mas não paramos lá porque precisávamos comer bem porque nosso ônibus só saia de noite e não poderíamos gastar muito com comida durante o dia. Achamos um shopping, todas as lojas estavam fechadas, só a praça de alimentação estava funcionando, mas só pela metade. Tinha um Bistrô bem bonitinho, almoçamos lá. A comida era uma delícia e a parte das sobremesas me deixou maluca! Era pudim de leite, salada de fruta com kiwi, petit gateau, brigadeirão, vários tipos de bolo... uma delícia! Lógico que eu tive que escolher um só, afinal não estou podendo comer tanto assim. Escolhi o petit com muita calda de chocolate.

Depois do almoço e da sobremesa nós fomos andar pela cidade, conhecer alguns lugares e tirar fotos. Andamos muito, tiramos muitas fotos. E depois paramos numa lan house pra usar a internet. Ficamos na internet uma hora +/- e depois fomos caminhando por uma rua grande até o porto. Não achei a cidade muito bonita, mas passear por lá foi bom. Tudo com o Lê é bom!



Depois voltamos porque nossa longa viagem começaria. Pegamos o ônibus perto das 19h e viajamos a noite inteira. Chegamos em Matelândia perto das 7h do dia seguinte. Descemos do ônibus no maior alívio do mundo, eu não aguentava mais ficar sentada. Fomos pra casa da avó do Lê que fica bem pertinho de onde descemos. Quando chegamos lá a avó coruja abraçou o neto dela como se não o visse a anos, e só fazia 10 dias, no máximo, que eles não se encontravam. Entramos e ligamos na casa dos pais do Lê pra alguém ir nos buscar. Estávamos loucos pra tomar um banho e deitar. O pai do Lê demorou um pouco, mas chegou e nos levou pra casa dele. Chegamos e fomos direto pro banho. Depois do banho deitamos um pouco pra descansar. Ficamos na casa dos pais do Lê até dia 02/01/2011. Passeamos muito por lá, comemos muito também. Fomos na igreja onde o Lê sempre foi, conheci muita gente.


Passamos um dia em Foz, fui conhecer as Cataratas, achei lindíssimo tudo por lá. Depois fomos no boliche, na sinuca e nesse dia dormimos na casa da Pati e do Edinho. Foram dias muito bons, mas eu estava louca pra chegar na minha casa. Minha casa e do Lê, nossa casa de casados!



Saímos de lá 22h e chegamos em casa no dia seguinte bem cedinho. Quando chegamos não tínhamos crédito no celular, então procurei um orelhão pra ligar em casa pra alguém buscar a gente. Nós conseguimos parar muito perto de casa, mas não chegamos até a rodoviária de Curitiba, que fica longe de casa. O motorista nos deixou na entrada de Campo Largo, bem perto daqui da loja onde eu trabalho, mas era muito cedo pra alguém estar vindo trabalhar. Liguei na casa da vó Lidia, mas ninguém atendeu. Liguei na casa da tia Lidi, ninguém atendeu. Liguei em todos os celulares que eu sabia decor, mas parece que ninguém tinha crédito e não podiam atender a cobrar. Então liguei na casa dos meus pais, lá no Rio de Janeiro. Eles sempre me salvam! Atenderam, era super cedo, então estavam dormindo. Eu pedi pra eles ligarem pra alguém, já que ninguém atende a cobrar. Como sempre, resolveram meu problema. Logo depois eu liguei pra eles de volta pra saber se tinha dado certo e tinha! Alguém já ia chegar. Desliguei e fui pra perto do Lê, que estava com as nossas malas lá do outro lado. Esperamos quase meia hora, mas chegaram! o Tio Tita chegou, com a maior cara de sono do mundo, levou a gente pra casa e com certeza voltou pra casa pra dormir. Nós tomamos banho e dormimos muito. Eu estava podre de cansada, não dormi direito no ônibus e ainda era muito cedo. Dormi até cansar de descansar!

Quando acordamos a primeira coisa que fizemos foi ir pra nossa casa mesmo. Nós tínhamos ficado na casa da vó pra não precisar arrumar nada. Descobri que minha cama ainda não tinha chegado e que nós teríamos que dormir na vó mais uns dias. Que nada, peguei o colchão na vó e fui dormir em casa essa noite. Dormimos lá em casa, mas tomamos café na vó. Na noite seguinte quando entramos em casa, nosso colchão estava lá no chão e tinha uma lesma enorme no chão, logo do ladinho do colchão. Desistimos de dormir no chão e voltamos pro quarto de visita na casa da vó. Ficamos lá até março, acredita? Nossa cama já tinha chegado, mas como não tínhamos nada em casa além da cama e das muuuuitas caixas de presente, resolvemos ficar no conforto... apesar de querer muito ir pra minha casa! Até que um dia meus pais iam pra lá e minha vó precisava do quarto. Tomamos vergonha na cara e fomos pra casa. Apesar de não ter nada em casa, nós fomos. A gente trabalha o dia inteiro, então só íamos pra casa pra dormir, por isso não fazia tanto mal só ter cama e geladeira. Nosso banheiro, até hoje, é a única parte completa da casa. Casamos faz quase 6 meses! Temos uma mesa linda de cozinha com 4 cadeiras lindas, geladeira, fogão e uma pia com armário embaixo. O armário da pia também é lindo, ficou tudo combinando, mas ainda não temos lugar pra guardar todas as nossas coisas. Ainda tenho muitas caixas de presente fechadas, não aguento mais olhar pra aquele monte de caixa, mas fico feliz por ter ganhado! Nossas roupas estavam na mala até abril, mas compramos um armário e graças a Deus coube tudo lá. O Lê foi na fábrica e pediu um armário só de estantes e o tio Junior fez de um dia pro outro, então as oito caixas de livros dele também já estão guardadas. Lógico que o lugar é provisório, mas pelo menos as oito caixas não estão mais pela casa. Quem só lê isso não entende o motivo da gente não ter armário, mas vou explicar. O presente de casamento que ganhamos dos meus tios aqui de Curitiba são nossos móveis. Eles vão fazer, na fábrica que eles tem , todos os nossos armários sob medida. A mesa, o armário da pia e as cadeiras já fazem parte dos presentes. Só que eles vão entregar aos poucos, porque fazem nossos armários entre uma entrega e outra. Então é por isso que não temos nossos armários. Quando nossa casa ficar pronta eu posto foto aqui, porque vai ficar beeeem linda!!! Por enquanto é só esperar! Estamos bem felizes assim!


Beijos pra todos!
Saudade mãe!
Saudade pai!
Saudade Pri e Isa, suas feias!

Te amo Lê!

Casados!

Passamos a noite de núpcias no Dom Ricardo, perto do aeroporto de Curitiba.

Na manhã seguinte acordamos atrasados e fomos tomar café. Que café delicioso. Pra quem não tinha jantado direito na noite anterior, aquele café parecia um banquete! Nós não tínhamos jantado na noite anterior porque precisávamos tirar muitas fotos, falar com as pessoas, agradecer a todos por estarem lá. Não fizemos nada disso por obrigação, nós queríamos mesmo agradecer a todos por estarem lá. É uma prova de carinho muito grande viajar de tão longe pro nosso casamento. Teve muita gente de Matelândia que viajou a madrugada inteira pra chegar no casamento civil e que depois do casamento religioso viajou de novo a madrugada inteira pra voltar pra casa. Teve gente que pegou avião em Campinas pra estar lá com a gente, teve gente que veio de Campinas de carro pra estar lá no nosso casamento. Meus tios viajaram de madrugada pra chegar no casamento de manhã. A Giovanna deve ter ficado muito cansada, foi um dia corrido pra alguém tão pequeno! Minha irmã e o Dieguinho, meu cunhado, viajaram do RJ pra Campinas e em Campinas pegaram carona com meus tios. Tinha até gente de Recife lá! Isso sem contar as pessoas de Curitiba que estavam lá.

Depois de tomar café fomos pra recepção do hotel esperar o carro pra nos levar pro aeroporto. Deixamos na recepção meu vestido e tudo que eu usei no cabelo e mais o véu... e a roupa completa do Lê. Alguém ia passar lá depois pra buscar. O carro chegou e nos levou pro aeroporto. Fizemos o check-in e esperamos o embarque. Embarcamos e agora era só esperar pra chegar em Porto Alegre!


Chegamos. Pegamos informação num daqueles balcões de turismo e o melhor jeito de chegar até Nova Petrópolis era pegando um ônibus que sai dali mesmo do aeroporto e vai pra lá, parando em todas as cidadezinhas entre Poá e Nova Petrópolis, a fila estava enorme, porque o mesmo ônibus vai pra Gramado e Canela. OU poderíamos pegar um taxi até a rodoviária e comprar por lá mesmo nossas idas. Como nós precisávamos comprar passagens de Poá pra Foz pra depois da lua de mel, preferimos ir pra rodoviária e não deixar pra comprar as passagens mais tarde ou num outro dia, porque era Natal e o ônibus estaria lotado. Fomos pra rodoviária, compramos as passagens pra Foz e fomos atrás de ônibus pra Nova Petrópolis. Sairia um ônibus pra lá em cinco minutos e a passagem custava seis reais. Não perdemos tempo, fomos direto pro local de embarque. A rodoviária de lá é feia igual qualquer rodoviária e quase não tem lugar pra sentar, ainda bem que nosso ônibus já estava saindo e nós já podíamos entrar. Foram duas horas de ônibus até Nova Petrópolis. Passamos por várias cidades vizinhas, todas pequenininhas e a maioria com cara de cidade européia.









Chegamos em Nova Petrópolis! Que cidadezinha linda!










Bem na frente da rodoviária de lá, tinha um ponto de taxi. Do outro lado da rua tinha uma placa dizendo que o nosso hotel ficava a mais ou menos dois quilômetros dali, mas preferimos pegar um taxi porque não sabíamos como era o caminho dali até lá e estávamos cheios de malas. O taxista era uma graça, um senhor que já mora lá há mais de 40 anos e adora a paz da cidade. Ele nos levou até nosso hotel. Como ele conhece tudo, ele já nos disse como funcionavam as coisas no hotel. Nos levou até nosso chalé. A moça estava terminando de limpar tudo por lá, então o taxista ofereceu pra nos levar até o centro da cidade e nos mostrar algumas coisas. Aceitamos, estávamos com muita fome, já era perto das 15h e nós só tínhamos tomado café da manhã. Ele nos deixou na frente de um restaurante pequeno e como já era tarde não tinha quase ninguém lá dentro. Pedimos “A La minuta” que é um prato básico que vem com arroz, feijão, carne, salada de batata, saladas verdes. Que comida deliciosa! A carne era tão macia que quase não precisava mastigar! Comemos tudo, tomamos sorvete e fomos andar pela cidade.


Que gracinha de cidade! Tudo limpinho, tudo arrumadinho. Fomos andar pela praça do caracol, estava cheia de gente, é o principal ponto turístico da cidade. A praça estava todinha enfeitada pro Natal, cheia de papai Noel, luzes, flores, mamãe Noel, trenó... uma graça. As flores lá parecem com mais vida. As cores são lindas! Cada canteirinho da praça tinha um tipo de flor e uma cor diferente, tudo muito bem cuidado. Um charme!

Fomos andando pro hotel pra conhecer mais a cidade. Adoramos tudo por lá.





No dia seguinte andamos mais ainda pela cidade. Conhecemos o Parque Aldeia do Imigrante. É bem grande e tem uma aldeia lá dentro. Não é uma aldeia de índios não, é tipo uma cidadezinha antiga, mas ninguém mora lá, é só pra exposição. O restaurante que tem lá dentro também é fora do normal, uma delícia!


Conhecemos o Shopping da cidade. Uma graça, mas nada funciona nas férias. É a unica cidade turística que eu conheço que fecha nas férias!

Descobrimos que a cidade fecha completamente na segunda. Ele chamam de dia do garçom e fecham todos os restaurantes. Não sabíamos disso e não programamos pra ir pra Gramado nem pra Canela na segunda. Ainda queríamos curtir nossa cidade. Com tudo fechado só nos restou fazer uma compra na padaria e voltar pro hotel. O hotel era lindo! Muita grama, muito verde. Cada quarto é um chalé. O nosso chalé ficava de frente pra piscina, e logo depois da piscina tinha um vale lindo. A vista era maravilhosa!

No dia seguinte procuramos carro pra alugar. Não achamos nada. Os carros tinham acabado e as pessoas de Gramado e Canela também estavam procurando por Nova Petrópolis, já que os carros lá também já tinham esgotado. Mas como a gente sempre andou por tudo em todos os lugares, não achamos ruim. Fomos numa agencia de turismo e combinamos de ir pro Natal Luz de Gramado com um micro ônibus deles. Saimos de Nova Petrópolis de noite e fomos ver as apresentações. Tudo lindo, mas tudo muito caro. Pra assistir o espetáculo das águas estava setenta e cinco reais pro pior lugar da arquibancada. Decidimos conhecer a noite de Gramado e fomos dar uma voltinha. A cidade estava linda, cheia de luzes. Era natal pra todos os lados. Achamos um restaurante maravilhoso. Jantamos maravilhosamente bem! Andamos mais um pouco, conhecemos lugares lindos. E bem mais tarde nos encontramos com o pessoal da agência pra voltarmos pra NP. A agencia nos deixou lá no hotel.

No dia seguinte pegamos o segundo ônibus pra Gramado. 30 minutos de viagem e já estávamos lá. Como não tínhamos carro fomos andando por alguns pontos turísticos. Andamos até uma vila de natal que estava acontecendo. Tiramos muitas fotos. Na saída perguntamos pra guardinha como faríamos pra chegar no Parque do Lago Negro, queríamos ir até lá porque nos disseram que era um lugar maravilhoso. É mesmo, lindo!

Chegamos mortos lá. A guardinha disse que era logo ali, mas nós andamos tanto que quase desistimos. Nem andamos muito por dentro do parque. Andamos o suficiente pra olhar tudo, até encontrarmos um banquinho vazio, só pra nós dois. Ficamos sentados lá só o tempo de descansarmos as pernas. Não podíamos ficar muito tempo lá porque ainda queríamos conhecer todos os outros pontos turísticos.




Na saída do parque eu tive a grande ideia de perguntar pra um dos ônibus de turismo se alguém nos levaria até o centro, pelo menos, porque só de pensar em voltar todo aquele percurso andando cansa. Perguntamos pra um motorista de micro ônibus e ele, muito educado, resolveu nosso problema. Entrou em contato com a agencia pra qual ele trabalhava, incluiu nosso nome na lista de passageiros e  nos levou, por trinta reais para todos os outros pontos turísticos da cidade durante a manhã e de tarde nos levou pra Canela pra conhecermos os pontos turísticos de lá. Foi um passeio ótimo. Dentro desse microonibus de turismo só tinha mais 4 pessoas além de nós dois. Logo depois do almoço pegamos mais alguns passageiros, ai lotamos o micro, mas foi tudo ótimo. Cada um tinha seu lugar e nós não precisamos sentar separados nenhuma vez. 

Visitamos fábricas de chocolates, lojas de vinhos e queijos, casas turísticas, o local onde acontece o Festival de Cinema de Gramado, a Rua Coberta, o Museu de Cera, o Museu da Harley. Foi ótimo! Tudo lindo!

Fomos andar de teleférico. Imagina meu medo. Era tudo muito alto. O guia disse que valia muito a pena ir, compramos o ingresso, mas meu medo estava grande demais. hahaha... fiquei gelada! O Lê cuidava de mim, mas ria. Chegou nossa vez, fomos! Sentamos no banquinho que não para quando a gente precisa subir. Nos ajeitamos rapidinho e fomos. Temos muitas fotos, mas poucas ficaram boas. Eu aproveitei o passeio, lógico, mas minha cara de medo de altura ficaram péssimas na maior parte das fotos! Foi o máximo mesmo assim!

Depois fomos em vários outros lugares, foi tudo muito bom. O guia nos deixou na rodoviária de Gramado e nós pegamos o último ônibus de volta pra NP. Foi um dia maravilhoso! Chegamos no hotel e descansamos muito!

No dia seguinte passeamos por NP, decidimos passar a noite de Natal no hotel mesmo, com a nossa própria ceia, porque os restaurantes que ainda tinham vaga estavam pedindo 150, 200 reais por pessoa pra ceia. Compramos tudo que precisávamos pra ceia, arrumei aquela mesa enorme pra 10 pessoas só pra nós dois. Muitas frutas, chocotone, vinho, suco de uva e coca cola! Foi ótimo! Durante os dias que estávamos lá fomos num café colonial terrivelmente bom! O lugar tinha uma vista linda, era super agradável e o atendimento maravilhoso. No último dia nós aproveitamos muito, descobrimos um restaurante de panqueca maravilhoso. Achamos que panqueca não ia ser bom, pedimos outra coisa. Quando vimos como era a panqueca, cada um pediu uma! Ou seja, comemos muito! hahaha... Voltamos pro hotel e arrumamos as malas. No dia seguinte de manhã pegamos o ônibus pra Porto Alegre e depois esperamos nosso horário pra viajar pra Foz!



Depois conto mais sobre Porto Alegre e nossa viagem pra Foz/Matelândia.

beijos

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Família...

Falei do Lê, falei de mim, mas não falei nenhuma vez de como são as coisas lá em casa. Lá em casa não, lá na casa dos meus pais, que ainda é minha casa, lógico!

Minha mãe é completamente apaixonada pelo meu pai, acho que é por isso que eu sou assim com o Lê, porque aprendi em casa. Ela parece aquelas apaixonadas adolescentes. Minha mãe vê meu pai chegando e já diz: "olha que lindo!". Quando ele coloca uma roupa nova ela chama todo mundo (eu, Pri e Isa) pra ver "como ele tá lindo".

Meu pai se faz de forte, finge que não acha graça, mas se minha mãe não fala nada ele fica esperando. Ele adora um mimo. No dia dos pais e no aniversário dele e nos dias que ele fica doente... na verdade toda vez que meu pai tá deitado na cama... minha mãe corre lá e uns minutos depois ela fala: "Meninas, venham ver!". Nós aprendemos que quando ela chama assim é pra gente já chegar na cama pulando, ficando tipo montinho em volta do papai. É o máximo, com certeza vou ensinar isso para os meus filhos!!

Lá nesse casal a gente sabe que é amor, porque minha mãe tem um geniozinho, atacadinha! Ela é bem brava, mas meu pai ama ser casado com ela mesmo assim. Meu pai também não é muito fácil não, ele não fica muito pra trás no quesito nervosismo. Agora então, que tá ficando mais velho... vishi... cada uma! Mas mesmo assim minha mãe ama ser casada com ele. Acho que isso é importante, ser feliz apesar de personalidades completamente diferentes. Eu quero ser assim com o Lê, sempre! Quero chegar, igual aos meus pais, nos 20 anos de casados, sendo apaixonado igual adolescente!

Meus pais viajaram muito pelo Brasil, foram pra tudo quanto é lugar. E sempre do mesmo jeito, sempre apaixonados. Não tenho aqui comigo muitas fotos, mas vou colocar as que eu tenho. Com o tempo eu quero escrever mais sobre eles, sinto muita saudade e não posso escrever muito porque se não eu choro. E não posso chorar aqui, estou trabalhando. Vão achar que a empresa não está indo bem, porque eu só mexo com conta, se eu chorar vão achar que é isso... hahahaha....


Mãe, saudade!
Pai, saudade!


 
Na Lagoa Rodrigo de Freitas, esperando a inauguração da Árvore de Natal.

 
Minha mãe magrelinha com meu pai lindo!

Casamento deles. Pais e irmãos do meu pai.

Casamento deles. Pais e irmãos da minha mãe.


Eles posando pra foto e eu e a Isa atrapalhando.

O grande dia!

Eu já estava pronta pra sair daquele carro correndo, entrar lá e dar oi pra todo mundo, mas eu não podia ainda.

O tio Alberto, dono do carro que me levou e meu padrinho, estacionou o carro num lugar que as pessoas passavam pra entrar, mas não me viam dentro do carro. Eu via todo mundo!

O carro da Giovanna parou do lado, o carro da tia Zilla parrou do outro lado. Eu vi todo mundo e ninguém em viu. Vi quando a tia Zilla caiu, vi quando o Pastor Paschoal passou na frente, vi uma banda do outro casamento chegando, vi minha irmã Isabela vindo pra dentro do carro correndo pra me ver de noiva. Ela estava linda. Minha daminha das alianças, meu bebê. Ela quase chorou quando me viu, mas eu não podia chorar, então pedi muito pra ela não chorar também. O tio Alberto desceu pra ir ver como estavam as coisas e quando eu poderia descer também. Ele não voltou, porque precisava ficar na fila de padrinhos. Quem foi ficar comigo lá no carro foi o Gui e a Aline. Desde criança o Gui me irrita de propósito, então naquele dia não foi diferente. Ele disse que o Lê ainda não estava lá. Gelei! Acreditei no Gui porque achei que ele não me enganaria no dia do meu casamento. A Aline não conhecia o Lê, então ela não poderia nem desmentir. Fiquei nervosa, perguntei pra Isa se era verdade e ela entrou na do Gui e disse que era. Nossa, chorei. Daí a Aline conferiu e me disse que o Lê estava lá sim. Briguei com o Gui, de verdade, quase sai no tapa dentro do carro com ele... ahahah... mas ele levou na esportiva, sabia que eu estava nervosa. É um monstro aquele menino! Hahahaha... Meu tio Eliezer veio me ver no carro também e dizer que eu já podia parar o carro lá na entrada da porta, porque já ia começar. Ia nada. Fomos com o carro pra lá, não consegui ver o Lê, mas vi todos os meus padrinhos em fila. Todos? Todos nada. A tia Lidi e o Tio Tita não estavam lá. Chorei de novo. Ainda bem que a maquiagem que o Rodrigo tinha passado por último era super a prova d’água. Logo depois eles chegaram, mas nisso meu casamento já estava atrasado. Chegaram, foram pra fila e começamos! “Uhul! Começaram a entrar, quero descer!” Não, ninguém deixava.










Até que meu pai vem na direção do carro pra me buscar. Me controlei pra não chorar. Desci, ele me deu um beijo, posamos pras fotos e pronto, comecei a chorar.












Na hora de pregar a calda no vestido a tia Vera descobriu que a empresa do vestido tinha tirado a “preguinha” na hora de apertar e o vestido e não tinha colocado de novo. Mas como a tia Vera sempre tem tudo na bolsa, costurou a “preguinha” e colocou a calda. 


Eu estava pronta! Só faltava entrar!







Fomos andando em direção a porta, olhando pras fotos e filmagens. Me perguntaram: "Está pronta?" E eu chorei! hahahaha...


Ok. Chorar me fez demorar mais pra entrar, mas já estava atrasado mesmo, então não faz mal. Me controlei, parei de chorar, arrumaram meus olhos... hahaha... e abriram a porta e começou a marcha nupcial. Chorei! hahahaha...  Mesmo assim entrei com meu pai. Foi lindo!






Mas consegui chegar lá na frente, receber o beijo do meu pai e o do Lê... respirei fundo, sorri pra todo mundo que estava por perto e olhei pra frente. Era meu avô que ia fazer a primeira oração. Chorei de novo. Depois ele passou a palavra pro Edinho. Depois o Edinho passou a palavra pro meu outro avô fazer o momento das alianças, chorei de novo! Tá, não teve pausa entre um choro e outro, foi uma coisa contínua, mas tinha hora que eu chorava mais.



Agora, eu não fui a única a chorar... o Lê também chorou. Só que eu não tinha visto, até meu pai me dar um lenço, eu usar e depois ele dizer: "não é pra você, passa adiante" e olhou pro Lê. Quando eu olhei o Lê também estava chorando! A prova está nessa foto ai, todo mundo chorando!


Dai teve a entrada da Gabi e da Isa, uma trazendo a Bíblia branca e outra trazendo as alianças.












E trocamos as alianças, e teve o beijo, e estava tudo lindo! E foi tudo lindo!



CASAMOS!!!!





Últimos momentos...

Depois de todos os preparativos prontos, chegou o grande dia!

Na noite anterior todos me disseram pra dormir bem, porque assim eu acordaria bem e teria um dia tranqüilo. Decidi seguir todos os conselhos, tomei banho umas 20h e já queria ter ido dormir, pra ter certeza de que dormiria muito bem numa noite tranqüila.

Na época dos preparativos compramos todos os docinhos e bolos com a mesma pessoa, uma senhora que faz os bolos de aniversário de todas as pessoas da minha casa desde que eu tenho uns 7 anos. Os bolos e docinhos que a família dela prepara são maravilhoso! Foi bom escrever isso, me fez lembrar que essa semana é aniversário do meu primo Dudu (dia 06) e da minha prima Gabi (dia 10), ou seja, só essa semana a Dona Mirene vai fazer dois maravilhosos bolos lá pra casa, que delícia. Mas então, voltando ao meu casamento... Nós decidimos fazer, além dos docinhos da Dona Mirene, mais uns potinhos desses que estão na moda, mas ao invés de chocolate, decidimos por mousse de limão. Mousse de limão não pode ser feito com muita antecedência, pois azeda. Deve ser por isso que as pessoas estavam cobrando tão caro pra fazer. Decidimos fazer em casa mesmo. Compramos os potinhos, as colherinhas, as latas de leite condensado, as de creme de leite e pegamos limão no quintal mesmo. Minha mãe, minhas tias e minhas avós foram todas pra cozinha, cada uma fazia uma coisa pra terminar logo. Eu não consegui ficar longe, também fui pra cozinha. Terminamos de fazer os potinhos e arrumar com colherinha e raspa de casca de limão perto da meia noite, ou seja, eu já não iria dormir cedo.

Durante a madrugada do dia 17 pro dia 18, a família do Lê chegou de viagem, quase uma hora depois meus tios com minha irmã e cunhado também chegaram. Acordei nas duas chegadas, mas como precisava dormir, nem levantei da cama. Só abria os olhos e dizia oi, mas não estava dormindo, então não conta. De manhã todos nós precisávamos acordar cedo, pois nosso casamento no cartório estava marcado. Acordei cedo, fui dar oi de verdade pra todo mundo e conhecer umas pessoas da família e amigos do Lê que eu ainda não conhecia. Eles estavam todos hospedados na nossa casa, que ainda estava sem móveis, todos dormindo em colchões no chão. Quando entrei em casa dei de cara com muitas e muitas caixas de presente. Abrimos uma por uma, olhando bem rapidinho por causa do horário do casamento civil. Agradeci todo mundo, beijei todos, abracei quase todos e voltei pra casa da minha avó que também estava lotada de gente que foi chegando de madrugada! Me arrumei, e saímos pro cartório. Nosso casamento era o último da manhã, era pra começar 10h. Estávamos todos lá antes disso. O juiz nos chamou, perguntou se estavam todos e eu disse que sim. Tinha muita gente no cartório, toda a família do Lê, amigos, minha família... todos estavam lá. Então iríamos começar. A moça que trabalha no cartório chamou: “Leanderson, Camila, Lidiane, Eriel!” (nós dois e nossos tios, que seriam padrinhos). Nós dois fomos ao encontro dela, mas e os meus tios? Cadê? Nossa, eles não tinham chegado, estava todo mundo lá, menos eles. E não tinha outro casamento depois do nosso, se nós atrasássemos o juiz ia embora. Minha calma foi todinha embora. Ligamos pros meus tios tantas vezes que eles já deviam estar cansados de atender ao telefone. Sempre diziam que estavam chegando, mas parecia uma eternidade. Pararam sei lá onde pra comprar cd virgem pra filmadora. Mas, enfim, chegaram. A moça já estava quase alterando o nome pra outros parentes, pois isso não faltava! Mas como eles chegaram fomos todos pra sala reservada pro casamento. Quase não coube todo mundo, a sala ficou cheiíssima! A moça leu os termos, os documentos, e o juiz perguntou se eu aceitava casar com o Lê! Não sei nem porque, só de olhar pra mim já dava pra saber que a resposta é SIIIIM! Depois ele perguntou pro Lê e a resposta foi... SIIIIIM! Ele disse: Eu os declaro marido e mulher! Nossa! Uau, casada!!!!!!!! Aí nós assinamos os documentos e foi a vez das pessoas presentes assinarem. Aham, isso mesmo, toda aquela gente assinou. Quase não teve espaço, demoramos mais tempo assinando do que qualquer outra coisa. E depois fomos almoçar num restaurante que fica aqui por perto. Lotamos mais que a metade do restaurante. Depois do almoço cada um já tinha suas coisas preparadas, umas mulheres iriam pra tal salão, outras iriam pra outro salão, os homens iam assistir futebol (é, homem se prepara para o grande dia assim) e eu, minha mãe e a tia Vera, tia Lidi e Gabi fomos pra outro salão.

No salão foi tudo tranqüilo, as moças estavam meio atrasadas com outras pessoas, mas estava tudo bem. A tia Lidi e a Gabi foram atendidas primeiro porque elas tinham que voltar pra casa antes de ir pro restaurante de noite. Eu fui pra sala de massagem. A Maria, massagista, fez uma massagem em mim que eu dormi profundamente durante um bom tempo. Minha tia entrou na sala de massagem, tirou foto, mas eu não me lembro de nada disso. Só acordei porque fiquei com vontade de ir ao banheiro. Quando eu sai da sala de massagem pra ir ao banheiro, minha mãe e a tia Vera estavam quase prontas, só faltava eu! Nossa aí eu comecei a ficar nervosa, porque naquele momento eu iria me arrumar pra casar, colocar vestido de noiva! A Neusa me chamou pra começar a arrumar meu cabelo, ficou lindo! O Rodrigo foi muito paciente e fez toda a minha maquiagem, ficou maravilhoso! Fui pra sala de vestir e coloquei meu vestido de noiva com muito cuidado pra não borrar a maquiagem e nem estragar o cabelo. Daí minha mãe teve a grande idéia de me dizer que eu estava linda. Ela disse isso com cara de choro e eu... chorei! Estraguei a maquiagem, o Rodrigo arrumou. Sai da sala de vestir e as pessoas começaram a me olhar, me elogiar... chorei! O Rodrigo arrumou de novo. Ai ele não saiu mais de perto de mim, toda vez que eu ia começar a chorar ele me abanava e me dizia que ia me bater! Se não fosse ele brigando comigo eu ia chorar muito mais! Eu não queria chegar atrasada de jeito nenhum no casamento, eu combinei com o Lê que não atrasaria e queria cumprir o prometido. Saímos do salão. Quando estava indo pro carro as pessoas passavam de carro devagar pra olhar que era a noiva, as pessoas na rua desviavam de mim, tomando cuidado pra não tocar no meu vestido. Parece um filme na minha cabeça a saída do salão até a entrada no carro, e olha que o carro estava parado bem na frente do salão! Fomos pro restaurante. Chegamos lá antes da hora e eu não pude sair do carro até tudo lá dentro estar pronto, as pessoas estarem presentes, e o Lê entrasse e ficasse lá na frente me esperando. Ele não poderia me ver antes da hora, não por superstição, mas sim por surpresa!

Estava chegando a hora!!!!!

Os preparativos...

Morar no Rio de Janeiro e casar em Curitiba não é fácil. Morar longe de todos os preparativos é complicado. Quando te perguntam de cores, como você não vê de perto, não sabe o que responder. Quando você liga numa floricultura, como não sabe onde é e nem conhece a dona, não sabe se pode confiar.
Graças a Deus passei uma semana em Curitiba depois do noivado, em julho. Foi uma semana super corrida. Vesti tantos vestidos de noiva em tantas lojas diferentes que não agüentava mais, quase casei de outra cor de tanto branco que eu tinha visto naqueles dias! Brincadeira!!

Nessa semana que passamos em Curitiba decidimos onde casar. Casaríamos direto no restaurante onde seria o jantar. Além de ser mais barato, era muito mais prático, sem contar que o local fica lindo nas fotos. O Dom Antonio oferece junto com aluguel do local, por R$35,00 por pessoa, o jantar que nós escolhemos a dedo + a decoração das mesas dos convidados, da mesa do bolo, do Buffet, ainda indicam duas floriculturas que podem fazer as coisas que não está no pacote. Fechamos com o Dom Antonio e com uma das floriculturas que eles indicam. Apesar de não conhecer a floricultura, confiei nela. Pedimos as flores do corredor, meu buquê, as cestinhas de pétalas das floristas, o buquê da daminha, tudo e foi ótimo. Ela sempre trabalhou com o Dom Antonio então tinha idéias de como colocar algumas coisas que nós estávamos em dúvida, aaaah e o irmão dela é garçom no D.A. então também conseguiu arrumar as mesas de um jeito que normalmente o restaurante não permite e pra nós era o melhor jeito. Foi ótimo.

Como já falei antes, provei muuuuuuuuitos vestidos em muitos lugares diferentes. Como eu sou gordinha não é qualquer vestido que fica bonito, e eu não poderia parecer um botijão de gás vestido de branco no dia do meu casamento! A tia Lidi quase não trabalhou nessa semana, ela era a única que conhecia essas lojas de vestido e que tinha carro pra ficar pra cima e pra baixo com a gente. A idéia de vestido pra minha mãe e pra tia Lidi era branquíssimo, com muito brilho, mas eu queria um vestido lindo e simples. Fomos a muitas lojas que tinham vestidos lindos, mas sempre tinha alguma coisa que eu não gostava. Fomos a certa loja que eu achei horrível, quando nós entramos a moça que estava sentada numa mesa de frente pra porta nos olhou da cabeça aos pés, fez uma cara de que ali não tinha nada pra gente (nós 3 estávamos bem gordinhas), nós perguntamos sobre vestido de noiva e ela disse que noivas era na outra loja, no centro. Na hora que eu sai de lá automaticamente já disse que não queria nem ir naquela loja do centro porque eu queria ser bem tratada na loja onde eu alugaria ou compraria o meu vestido e como não fui bem tratada na filial, não seria bem tratada na matriz. Mas nós tínhamos que ir no centro ver outras lojas e outras coisas, então minha mãe e minha tia insistiram muito pra gente pelo menos ver o que tinha nessa outra loja. O Lê foi com a gente, mas ficou do lado de fora. Quando a moça nos viu do lado de fora já veio toda feliz nos atender, nem parecia a mesma loja em endereço diferente. Amei o atendimento, mas queria provar tudo rápido porque o Lê estava lá fora esperando. Experimentei uns 8 vestidos, nem vi o tempo passar. Amei o segundo vestido e nem deixei a moça tirar dali de dentro do provador, mesmo ficando apertado pra vestir os outros modelos que ela ia trazendo. Minha mãe amou o último vestido, minha tia também. Daí experimentei o segundo de novo, o último de novo, o segundo... até que decidi pelo segundo mesmo, afinal, eu tinha mesmo gostado mais dele. Quando nós saímos da loja dei de cara com o Lê, louco de bravo, porque eu disse que ia ser rápido e demorei mais de duas horas lá dentro. Expliquei pra ele que não iria a mais nenhuma loja, que já tinha escolhido meu vestido. Só tínhamos um problema, o vestido estava em promoção e se eu quisesse mesmo ficar com ele tinha que levar o dinheiro lá no dia seguinte. Se não ele sairia da promoção e mais que dobraria o preço. Não tínhamos esse dinheiro e eu chorei de novo. Minha mãe ligou pro meu pai, mas ele também não tinha o dinheiro. Fiquei muito triste, mas não falei nada pra moça da loja, porque eu tinha certeza de que iria cair dinheiro do céu naquela noite. Não caiu dinheiro do céu, mas minha avó tinha recebido um dinheiro pra pagar umas coisas dela. Ela deixou de pagar as coisas dela pra fechar o vestido que eu tanto queria. Fiquei muito muito muito muito feliz, muito mesmo! Minha mãe foi lá na loja no dia seguinte, fechou negócio e eu só precisaria ir lá à loja de novo um mês antes do casamento. Que maravilha, eu já tinha O vestido mais lindo de noiva do mundo!

Já estava tudo praticamente certo. A roupa do Lê estava fechada, as roupas das daminhas estavam decididas, as roupinhas dos pajens ficaram lindas neles! Eu sabia que poderia voltar pro RJ e que daria tudo certo!

E foi isso que nós fizemos, voltamos pra casa!

quarta-feira, 1 de junho de 2011

A data...

Pedido de noivado feito, noivado realizado, casamento marcado pra dezembro, só faltava marcar o dia.

Escolhemos dia 18 porque era perto do dia do nosso aniversário de namoro e do pedido de casamento e porque gostamos da data. Pronto, data escolhida. Contamos pra família toda, todo mundo estava avisado da data. Quando fomos falar pra minha família aqui de Curitiba soubemos que dia 18/12 era a data da apresentação de natal da igreja em que meu avô é pastor. Não era só pelo meu avô, mas também pelo meu tio, tia, avó, primos... todos são da mesma igreja e cantam no coro de natal. Chorei.

Decidimos mudar pra dia 11/12. Foi quando ficamos sabendo que dia 11/12 era a o casamento de um dos membros da igreja do mesmo avô, o problema não era o membro da igreja o problema é que meu avô ia falar no casamento, meus tios seriam padrinhos e meus primos seriam daminha e pajem. Chorei de novo.

Marcamos pra dia 04/12, mas nem avisamos ninguém além do pessoal lá de casa. Antes de avisar a família perguntamos se estava boa essa data, eu já estava muito brava, era meu casamento, eu tinha que ir, o Lê tinha que ir, nós somos prioridade nesse dia. Mas antes de avisar mesmo todo mundo que tínhamos fechado o dia 04/12, lembramos que não é um bom dia, pois era antes da formatura do Lê, que estava marcada pro dia 11/12 (o pessoal da faculdade marcou pro dia 11 por Lê poder ir) e como nosso casamento seria aqui em Curitiba, casar antes da formatura seria um gasto a mais, pois teríamos que casar e depois voltar pro RJ. Já não tínhamos dinheiro pra casar, ainda mais pra ter mais gastos. Pensamos em muitas outras datas, mas parece que nada dava certo. Chorei tanto durante essa semana de escolha de data que quase sequei.

Pensamos em casar em janeiro, mas é o mês mais corrido no trabalho do meu pai. Pensamos em casar em novembro, mas além de ser mais perto também era antes da formatura. Tava difícil!

Um certo dia minha avó liga dizendo que aquele casal que ia casar dia 11 estava disposto a mudar a data pro dia 04 só por causa do meu avô. Então eu aceitei. Mas pra ser dia 11 o Lê teria que estar disposto a não participar da formatura. Na mesma semana um amigo do Lê falou com ele sobre a formatura, mas não era pra cancelar, era pra dizer que iria pagar a formatura do Lê, de presente. Ou seja, não dava pra gente casar no dia da formatura.

Como eu já tinha dito que mudaria, tive que ligar pra minha avó e dizer que dia 11 não dava. Falei isso e nem falei mais nada, passei o telefone pra minha mãe falar com a avó, pois eu estava morrendo de vontade de chorar. Minha mãe deve ter falado que eu estava muito chorona e minha avó deve ter conversado com meu avô, porque um tempo depois eles ligaram dizendo que iriam mudar a apresentação de natal da igreja pra gente poder casar dia 18/12. Daí aquele casal que ia casar dia 11, que desmarcou por nossa causa, que marcou de novo, que desmarcou... bom, aquele casal da confusão queria casar dia 18 também, porque eles acharam que a gente não queria. Quando a gente confirmou a data do dia 18 a outra noiva ficou brava, disse que ia marcar pro dia 11 e não falava mais nisso. Casamentos marcados e confirmados. Eu já tinha chorado muito, já tinha ficado muito brava e decidi que não mudaria mais minha data de casamento por nada.

Foi quando a tia do Lê contou que o Bruno, primo do Lê, ia se formar dia 18, dia do nosso casamento. Ela não pediu pra gente mudar a data, ela entendeu que era nossa data. Não teve jeito, tivemos que repensar a data. Mas não mudamos nada. Depois de uns dias indecisos, o Bruno disse que não iria na formatura dele, que preferia vir no nosso casamento. Foi a maior alegria dos últimos dias!

Casamento marcado e confirmado pra 18 de dezembro de 2010! Agora faltam só os preparativos!!!

Namoro e Noivado

Nosso namoro foi ótimo, passeamos muito, fomos todos os finais de semana no cinema, fomos ao teatro, fomos no Cristo Redentor, no Pão de Açúcar, nas praias do Rio, conversamos muito, aproveitamos muito. 

Foi tudo maravilhoso!!

Como eu já disse em posts anteriores, contamos nosso início de namoro no dia do primeiro beijo, dia 19 de setembro de 2009. Do primeiro dia de namoro até o pedido do casamento foram 6 meses. Em março de 2010 ele me pediu em casamento pros meus pais. Também foi aquela cena toda de muita vergonha, muito nervoso. E adivinhem a resposta do meu pai... NÃO! É isso mesmo, meu pai disse não pro nosso casamento. Ele disse que estava muito cedo, 6 meses era pouco tempo de namoro pra já querer casar, mesmo ele sabendo do nosso sentimento um pelo outro. Era pouco tempo mesmo, mas menos tempo ainda era a data que queríamos pro nosso casamento. Queríamos casar em dezembro daquele mesmo ano. Meu pai pediu que nós programássemos o casamento pro meio do ano seguinte, ou seja, ele queria que nosso casamento fosse em junho ou julho de 2011. Não porque esse tempo seria melhor pro nosso sentimento, mas por causa de dinheiro pra pagar todo o casamento. Conversamos e decidimos que iríamos casar em dezembro mesmo e que daríamos um jeito em relação a dinheiro, porque queríamos um casamento simples, só pra família. Meu pai deixou, concordou, mas avisou que não tinha dinheiro pra nada muito grande e chique.

Pedido feito, aceito. Agora tínhamos que marcar o noivado.

Eu não contei antes, mas a Pati e o Edinho, que tinham começado a namorar naqueles dias que ela esteve lá em casa, também iam casar. Eles começaram a namorar depois da gente, mas queriam casar antes. Eles marcaram o casamento deles, lá em Matelândia, pro dia 03 de julho de 2010 e nós fomos convidados para sermos padrinhos.

Quando o Lê me pediu em casamento e eu aceitei, já estávamos pensando em data pro noivado, com o casamento da Pati e do Edinho em julho, decidimos marcar nosso noivado pra dia 01 de julho de 2010, dois dias antes do casamento deles, pra gente poder noivar perto da família do Lê, já que muita gente não poderia vir pro nosso casamento aqui em Curitiba e nós estaríamos lá mesmo. Pronto, marcado. Muitos emails pras minhas tias que moram aqui. Elas visitaram hotel, salão de festa, ligaram pra muitas pessoas e ma passavam tudo por email. Agora vou pular direto pra julho, porque daqui até julho foi tudo ótimo.

Combinamos que o noivado seria lá e como precisaríamos ir pra lá, combinamos de vir pra Curitiba ver alguns detalhes do casamento que só davam pra ver pessoalmente.

Chegamos aqui em Curitiba dia 30 de junho de avião, dormimos aqui na casa da minha avó, pegamos o carro do meu avô emprestado no dia seguinte e fomos de carro pra Matelândia. Chegamos em Matelândia no fim da tarde do dia 01 de julho. A minha sogra tinha mudado os planos sem avisar e nosso noivado seria só no dia seguinte de noite. O Lê ficou na casa da mãe dele e eu e meus pais fomos pro hotel. No dia seguinte acordamos cedo e fomos fazer compras no Paraguai! Foi super divertido, apesar de não ser um lugar muito lindo. Amei o McDonal’s de lá, é super barato. Eu, meu pai, minha mãe e o Lê comemos lá, meu pai e o Lê comeram dois sanduíches cada um e deu 30 reais! Com 30 reais no Mc daqui só dá pra comer dois “número 1”. Bom, fomos pra lá, compramos umas coisas de enxoval que minha avó deu dinheiro pra comprar e voltamos pra Matelândia. Ganhamos nossas alianças lá, são lindas!

Nosso noivado aconteceu de noite, lá na casa dos pais do Lê. Tinha muita gente, porque a família do Edinho veio pro casamento dele com a Pati e também ficaram pro nosso noivado. Teve um churrasco e muita comida. Foi ótimo! O Lê fez uma declaração de amor maravilhosa MARAVILHOSA MESMO e meu pai até fez uma brincadeirinha na hora que o Lê pediu pra ele orar. Meu pai disse: “orar pelo que mesmo?” como se nós não estivéssemos ali por causa do noivado. Todo mundo caiu na gargalhada. Depois do noivado nós fomos pro hotel de novo e o Lê continuou em casa. No dia seguinte de manhã eu e minha mãe fomos no salão, fizemos cabelo e voltamos pro Hotel pra nos arrumarmos pra ir pro casamento.

O casamento foi lindo, fomos padrinhos, a Pati estava linda, o Edinho estava tremendo mais que qualquer coisa. O jantar estava maravilhoso e durante o jantar eu fui apresentada pra cidade toda quase. Muita gente de lá conhece o Lê desde criança e queria saber quem era a noiva dele. Foi muito legal. Cada um me contou uma história do Lê... me diverti muito.

Depois do casamento voltamos pro hotel e no dia seguinte voltamos pra Curitiba.

Foi tudo ótimo!


Os dias que a Pati foi pro RJ...

Na semana seguinte a Pati chegou no RJ pra ficar uns dias, durante o feriado de outubro. O Lê foi com o Edinho buscar a Pati no aeroporto. Eles chegariam na minha casa perto da meia noite. Então eu aproveitei que eles iam chegar tarde e fui fazer compras com a Débora, minha amiga, que trabalhava comigo e morava ali pertinho também.

Demoramos muito no shopping e na hora de ir pra casa o Lê ligou dizendo que estava chegando. Pegamos um taxi e normalmente de taxi chegaríamos em casa em 5 minutos, no máximo, mas naquele dia o trânsito de noite estava terrível e demoramos quase meia hora pra chegar em casa. Quando cheguei em casa, adivinhem... eles já estavam lá. O Lê já tinha até ido pra casa dele tomar um banho. Nossa, ele ficou muito bravo. Eu demorei quase 30 minutos pra chegar em casa de taxi. Se eu tivesse ido andando chegaria em 10. Ele ainda não tinha me dito que estava bravo, mas eu percebi pela voz no telefone.

É, a primeira vez que alguém da família do Lê me viu foi quando ele estava bravo comigo pq eu sai às compras no dia que a irmã dele ia chegar e demorei uma eternidade pra chegar. Realmente era falta de respeito, mas eu não queria que acontecesse assim, eu sai pra comprar umas roupinhas e me sentir melhor enquanto a Pati estivesse na minha casa, ela precisava gostar de mim. Na minha cabeça, ela precisava gostar de mim, pois era ela que ia chegar em casa depois da viagem e falar pra família toda como eu era e se ela tinha ou não gostado da namorada do Lê. Pensamento errado! Ela não iria gostar de mim porque eu estava de roupinhas novas, ela iria gostar de mim por quem eu era e porque o irmão dela gostava de mim, mas eu estava nervosa por conhecer alguém da família dele que nem pensei direito nas coisas, quando percebi isso já era tarde, eu já tinha me atrasado um monte pra chegar em casa.

Acharam que foi o único problema? Foi nada.

Eu parei de tentar impressionar, acho que nem deu tempo dela perceber que eu estava tentando. Só eu e minha cabeça que viram esse fato. Antes do Lê chegar do banho eu comecei a conversar com ela normalmente, me apresentei... até ai tudo bem, ela se apresentou, falou que estava bem, que estava feliz por estar lá, mas que estava muito cansada. Foi quando o Lê chegou do banho, me olhou com cara feia, me deu um beijo de oi e sentou do lado da Pati no sofá. Ele estava de bermuda, camiseta e chinelo. Ela olhou pro pé dele e falou, “nossa, está todo machucado, ninguém cuida de você então eu vou cuidar”. Fiquei sem saber o que fazer. Como assim ninguém cuida dele? Ela não percebeu que ele cortou o cabelo, deu uma engordadinha, está mais bonito... e tudo isso em uma semana de namoro confirmado e menos de um mês desde o primeiro beijo? Prontamente ela abriu a bolsa de mão, tirou um creme de lá e começou a passar o creme no pé do Lê.  Nossa, eu estava perdida, mas me concentrei e passei o resto da noite feliz. Quando ela disse que queria dormir, me despedi do Lê e ela quis se despedir dele sozinha, lá fora. Passou mil coisas na minha cabeça, tinha sido o pior dia de namoro desde o começo, eu tinha feito tudo errado. Quando ela entrou subimos pro quarto e já estava tudo arrumado, eu tinha arrumado, não sou tão ruim. Ela foi tomar um banho e eu fui me arrumar pra dormir. Quando ela voltou do banho, deitou na cama, virou de lado de dormiu. Na minha cabeça ela dormiu porque não queria conversar, nem passou pela minha cabeça que ela estava cansada. O dia, na verdade só a noite, tinha sido tão desastrosa que na minha cabeça só passava coisa ruim. Deitei e dormi.

No dia seguinte saímos todos juntos, nós 4, eu, Lê, Pati e Edinho. Passeamos um monte, tiramos muitas fotos, rimos muito. Estava tudo ótimo. Uma das noites, quando já estávamos prontas pra dormir, nós começamos a conversar, ela perguntou da minha faculdade e eu respondi que estava fazendo pedagogia, mas que queria fazer jornalismo. Ela, sem nem pensar, falou que a ex do Lê fez jornalismo. Outra coisa pra não sair da minha cabeça. Em um dos dias que ela ficou lá em casa, fomos assistir a um jogo do Flamengo no Maracanã. Na hora de atravessar a rua, bem na frente do maracanã, ela queria pegar na mão do Lê, só que eu estava de mãos dadas com ele. Ao invés dela pegar na outra mão, olhou pra mim e falou: “posso pegar na mão do meu irmão ou você não vai deixar ele ficar comigo em nenhum momento?” Aquela primeira noite voltou na minha cabeça, aquele momento de atravessar a rua também não saiu mais da minha cabeça. Tirei minha mão da mão do Lê e andei mais atrás deles, junto com o Edinho que também ficou mais pra trás. Entramos no estádio, assistimos ao jogo. Durante o jogo me deu um alívio enorme, não por causa de gols, pois eu nem lembro quanto foi o jogo e nem com quem o Flamengo estava jogando, mas sim porque quando eu olhei pro lado o Edinho beijou a Pati! Ela ficaria mais tempo com o Edinho e não reclamaria de mim. 

Decidi começar tudo de novo, só não me apresentei de novo porque ela ia me achar uma louca. Decidi que passaríamos o restante dos dias todos juntos, os 4, sem eu inventar problema ou sem eu ligar pros problemas. Deu certo. Ficamos todos os outros dias na paz, ela ficava um tempão com o Edinho e eu com o Lê. Saímos pra vários lugares e conhecemos muitos pontos turísticos.

Eu é que estava inventando coisas?
Ela tinha gostado de mim?
As coisas que aconteceram foram acasos?
Parecia que tudo aumentava por causa de mim?
Não sei, só sei que ela chegou em casa depois da viagem e falou bem de mim, ela gostou dos dias que passou na minha casa, gostou dos nossos passeios.

Eu poderia até estar nervosa naqueles dias, mas com certeza essas coisas não foram criação da minha cabeça. Essas coisas aconteceram e hoje eu penso que foram coisas que só aconteceram pra me ensinar que eu não preciso ficar com medo de não gostarem de mim, pois eu não sou ruim e a família do Lê saberia disso em algum momento. Essas crises foram péssimas nesses dias, mas depois passou tudinho. Nunca mais pensei nisso, tirando hoje, lógico, que precisei lembrar pra escrever.

Hoje me dou super bem com a Pati, somos amigas, apesar da distância! Somos madrinhas de casamento uma da outra! Somos parentes e se depender de mim, seremos parentes por mais no mínimo 100 anos, que é o mínimo que eu e o Lê vamos viver juntos!




Essa foto foi tirada na Ilha de Paquetá, na semana que a Pati veio pra cá.
O Edinho não está na foto, pois foi ele que tirou.




Amanhã tem mais... beijos!

A conversa...

Meu pai subiu pra dormir antes das 20h, ou seja, ele já desconfiava MESMO que o Lê ia me pedir em namoro. Sei disso, pois meu pai nunca NUNCA dorme cedo.

Quando o Lê saiu da aula na faculdade foi direto lá pra casa, minha irmã estava no escritório e foi lá pra cima chamar meus pais. Meu avô Cilas estava na sala e quando viu a movimentação do Lê chegando vermelho de nervoso, a Priscila subindo pra chamar meus pais... vishi, meu vô saiu da sala rindo e dizendo que não queria “participar de nada”.

Meu pai demorou pra descer, se enrolou até o último minuto. Chegou na sala, sentou de frente pra TV como se não tivesse visto o Lê ali. Minha mãe chegou na sala rindo do Lê e ele ainda nem tinha dito nada. Minha mãe falou pro meu pai olhar pra gente e ouvir o que o Lê tinha pra falar. O Lê estava tão nervoso que enrolou um monte e minha mãe, no meio da conversa falou: “Bom, pai, o Leanderson está aqui pra pedir a Camila em namoro.” Ufa, se não fosse minha mãe sendo direta e objetiva a gente ia ficar ali na sala mais um bom tempo. Pronto, pedido feito.

Meu pai respondeu: Não!

Isso mesmo, depois de tanto tempo de enrolação meu pai falou que eu não poderia namorar o Leanderson. Ele explicou que não era nada contra o Lê, mas que era pro nosso bem, já que não fazia muito tempo que eu tinha terminado um namoro e o Lê terminado o dele. Meu pai ficou com medo da gente estar sendo rápido demais e estarmos confundindo amor com amizade. Conversamos mais ainda naquele dia e depois de muita conversa meu pai deixou a gente namorar. Ele disse que sabia que a gente gostava muito um do outro e que mesmo achando cedo demais deixaria que a gente namorasse.

Ufa, achei que não ia dar certo, quase chorei, de verdade.

Começamos a namorar de verdade agora, era sério mesmo! Já tínhamos a aprovação dos meus pais. E a aprovação dos pais do Lê seria mito mais fácil, ele era adulto, morava sozinho... nós só iríamos avisá-los por telefone. E foi o que aconteceu. Avisamos por telefone e foi ótimo. A mãe dele, Adilene, já me tratou como da família na primeira ligação.

Pronto, famílias avisadas do nosso amor!!!

As tentativas...

Estamos namorando!

Agora só falta contar pros meus pais, pros pais dele, pro mundo todo! Combinamos de conversar com meus pais no domingo mesmo. Minha mãe estava viajando durante esses últimos dias, mas ela chegaria domingo de tarde, falaria na igreja onde o Lê freqüentava domingo de noite e depois do culto nós iríamos comer em algum lugar e lá aproveitaríamos pra contar. Tudo combinado, sem problemas.

Nada de sem problemas. O vôo da minha mãe atrasou um tempão, ela chegou muito atrasada no aeroporto e pediu que eu ligasse pro Lê avisando que por causa do horário ela não falaria lá. Liguei com dor no coração, pois isso estragaria nossos planos. Falei com o Lê e ele falou com o pastor da igreja. O pastor da igreja disse que não tinha problemas da minha mãe chegar atrasada, ele mudaria a ordem de culto pra minha mãe falar mais pro fim do culto. Passei as informações pra minha mãe e fui toda feliz com a família toda dentro do carro pra igreja. Chegamos na frente de igreja, estava chovendo, o Lê estava lindo na porta da igreja esperando a gente, mas ninguém no carro tinha guarda chuva. Como eu já tinha ido à igreja, fui a primeira a descer do carro. Quando o Lê me viu abriu um sorriso lindo que eu lembro até hoje, me deu um beijo no rosto e foi buscar um guarda chuva pra descer o povo lá de casa do carro.

Pronto, metade do combinado estava feito e tinha dado certo. Minha mãe falou e nós fomos embora. Fomos comer numa pizzaria que ficava bem pertinho de casa. Minha mãe estava tão cansada da viagem que não queria nem conversar, então, sem dizermos nada, só com olhares, combinamos de não falar naquele momento. Deixamos pro dia seguinte, mas não deu certo. Muitas coisas aconteceram e não falamos nada pra ninguém. Na verdade eu contei pra minha irmã Priscila, pois eu não agüentava mais ficar em silencio! No fim de semana seguinte nós combinamos de falar, sem falta, porque nós não queríamos “namorar escondido”. Domingo ele ia falar com meus pais. Parece brincadeira, mas meu pai teve uma enxaqueca forte no domingo e nós marcamos pra segunda. Não deu também. Terça também não deu. Meus pais viajavam muito e não estava dando tempo. Meus avós de Campinas, Rute e Cilas, chegaram pra ficar em casa comigo e com as minhas irmãs enquanto meus pais viajavam.

Os dias passaram e já estávamos em outra semana, até o mês já era outro. No início de outubro nós combinamos de novo, mas tivemos um problema sério. A avó do Lê faleceu lá em Matelândia, cidade onde ele morava antes de ir pro RJ, e ele queria ir viajar. Eu dei apoio, mas não conseguimos comprar a passagem a tempo de ele chegar pro velório e enterro, então ele não foi. Não foi uma semana fácil. A dor da perda tomou conta de todo o ânimo que o Lê tinha.

Já estava combinado, antes de acontecer qualquer uma dessas coisas que a irmã do Lê, a Pati, iria visitar o Lê no RJ e ficaria hospedada lá em casa. Queríamos que ele me pedisse em namoro antes da Pati chegar, pra gente poder sair como namorados enquanto ela estivesse no RJ e até mesmo pra ela me conhecer como namorada dele.

Minha mãe já desconfiava, na verdade ela já sabia sem a gente ter contado nada. Minha mãe tem uma cabeça do mal! Hahahah... Ela já devia ter comentado com o meu pai, pois na semana que conseguimos falar com os dois, nos dias anteriores, quando a gente tentava falar, ele teve dor de cabeça, muito sono, preguiça de ficar na sala... quase que tivemos que ir lá no quarto deles pra conseguir conversar.

Conseguimos, finalmente, falar com meu pai.